30 de abril de 2024.
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Cretenses
Os cretenses foram um povo que formou a Civilização Minoica, na ilha de Creta, localizada no mar Egeu. Essa civilização só foi descoberta por meio de escavações arqueológicas realizadas em Creta no começo do século XX, dando início a uma série de estudos sobre ela, que tinha no comércio marítimo o seu principal modo de sustento.
Os cretenses começaram a desenvolver-se a partir de 3000 a.C., no entanto, seu auge deu-se de 2000 a.C. a 1500 a.C. A partir dessa data, eles entraram em decadência, por motivos que ainda são estudados pelos historiadores, e acabaram sendo absorvidos pela civilização micênica.
Etimologia
Os cretenses formaram o que nós conhecemos como Civilização Cretense ou Civilização Minoica. O termo “minoico” foi estabelecido por Arthur Evans, o arqueólogo por trás da descoberta dos sítios cretenses. Essa descoberta aconteceu no começo do século XX, e Evans baseou-se na lenda de um rei mítico de Creta, chamado Minos, para cunhar o nome desse povo. Assim, o termo minoico (minoan, no inglês) deriva de Minos.
Origens
A ilha de Creta, localizada no mar Egeu, começou a ser habitada por seres humanos por volta de nove mil anos atrás, durante o Período Neolítico. A civilização que os cretenses desenvolveram só começou a tomar forma a partir de 3000 a.C. Nesse período, eles utilizavam o bronze na produção de seus objetos.
Os historiadores acreditam que os cretenses chegaram a Creta por meio de uma migração, e a hipótese mais aceita atualmente afirma que os primeiros humanos que chegaram à ilha vieram da Anatólia, conhecida na Antiguidade como Ásia Menor e atualmente como parte do território da Turquia.
A partir do ano 2000 a.C., os historiadores acreditam que os cretenses iniciaram a construção de grandes palácios. A existência dessas construções estendeu-se de 2000 a.C. até 1400 a.C., aproximadamente, e isso é um marco que estabeleceu o início de fato da Civilização Cretense. Portanto, o fatores utilizados na análise dos cretenses neste texto levam em consideração o período de existência dos grandes palácios.
Palácios cretenses
Já vimos que os grandes palácios cretenses começaram a ser construídos a partir de 2000 a.C., e atualmente sabemos que existiram quatro grandes palácios na ilha. Eles foram erguidos em diferentes locais de Creta e sabemos que eram para os cretenses centros do poder e da administração dos seus domínios.
As quatro construções localizavam-se em Cnossos, Mália, Cato Zacro e Festo, e ao redor delas, desenvolviam-se as cidades cretenses. Os palácios, além de administrarem as terras, centralizavam as ações comerciais, serviam de centros religiosos e reuniam recursos importantes para Creta. Estradas foram construídas na ilha com o intuito de facilitar o deslocamento até eles.
As grandes cidades cretenses não tinham grandes fortificações, o que sugere que o convívio entre elas era pacífico. Isso não significa que os cretenses eram desmilitarizados, uma vez que existem evidências de armas encontradas pela arqueologia na ilha de Creta. No interior da ilha, foram construídas torres de vigilância com o intuito de enfraquecer a ação de bandidos.
No interior dos palácios, foram encontrados diversos afrescos — pinturas feitas nas paredes. Esses afrescos permitiram que os historiadores pudessem tirar algumas impressões a respeito da religião e da cultura cretenses. Cenas da natureza e de festivais e cerimônias em Creta são encontradas nessas expressões artísticas.
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Modo de vida
A agricultura era a principal forma de obter-se alimento em Creta, e víveres, como grãos, figos e oliva, eram produzidos na própria ilha. Apesar disso, a atividade econômica mais importante era o comércio marítimo, pois os cretenses tiveram um grande domínio sobre o mar Egeu e tiveram contatos importantes com outros povos.
Os cretenses importavam e exportavam itens de diversos locais, como Chipre, Egito, Grécia Continental etc. Esse domínio sobre o mar fez com que Creta formasse uma talassocracia, forma de governo no qual o poder depende do domínio do mar. As evidências históricas sugerem que esse poder era exercido por um rei.
Na religião, os historiadores afirmam que as crenças cretenses foram herdadas da Anatólia, havendo dois grandes deuses: Reia, a deusa-mãe, e Minotauro, o touro divino. No caso da deusa-mãe, ela possuía lugar privilegiado na crença cretense e era associada com a fertilidade humana e da terra. Era representada como uma mulher com os seios à mostra. Eles eram as principais dividandes, logo, havia outras no panteão cretense.
Não era comum a existência de templos fechados em Creta, e grande parte das festividades e rituais religiosos era realizada, ao ar livre, em templos abertos e locais considerados sagrados. Um ritual comum em Creta, e que era uma forma de adoração ao touro, foi a taurocatapsia — o ato de pular por cima de um touro em movimento. Os chifres de touro eram um artigo de decoração nos palácios, e touros saltando eram representados em afrescos e cerâmicas.
Sabemos que os cretenses desenvolveram um forma de escrita conhecida como Linear A. Acredita-se que esse sistema de escrita foi desenvolvido por volta de 2000 a.C. e que cumpriu importante papel administrativo, pois foi muito encontrado nos grandes palácios. Os escritos de Linear A ainda não foram decifrados pelos especialistas.
Decadência cretense
Os historiadores afirmam que, em torno de 1500 a.C., os cretenses entraram em decadência e acabaram sendo absorvidos pelos micênicos, entre 1400 a.C. e 1300 a.C. Não existe nenhuma certeza dos motivos que explicam esse declínio, mas algumas hipóteses são levantadas e aceitas atualmente.
Primeiro, os historiadores pensam que desastres naturais, como um grande terremoto e uma erupção vulcânica, causaram grande destruição em Creta e prejudicaram a vida local. Fala-se também que possíveis esgotamento do solo e superpopulação podem ter contribuído para o enfraquecimento cretense.
As cidades em Creta esvaziaram-se, e a ilha passou a ser dominada pelos micênicos, povo que teve a supremacia na Grécia e no mar Egeu até cerca de 1200 a.C.
07 de maio de 2024.
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MITOLOGIA
A mitologia é um sistema de crenças composta por uma série de narrativas
chamadas de mito. Essas histórias buscam explicar tudo o que existe e é
importante para uma sociedade.
Os mitos são histórias que explicam a existência de diversos elementos
da natureza, assim como ensinam sobre o comportamento humano. Essas narrativas
e lendas compõem o imaginário coletivo de um determinado povo.
Formam uma tradição oral, suas histórias são contadas de geração a
geração. Esses relatos fabulosos se transformam na história das coisas e em uma
crença comum compartilhada por um grupo de pessoas.
O que é mito?
A palavra mito possui sua origem no termo grego mythos que
significa "narrativa". Assim, a mitologia pode ser compreendida como
um conhecimento oral que visa explicar o mundo.
O mito é história contada oralmente composta de seres fantásticos:
heróis, deuses e criaturas mitológicas. Essas são repletas de ensinamentos e
formam um tipo de conhecimento.
O significado de mito atualmente
Ao longo da história, o termo mito passou a designar eventos ou
personagens que parecem romper com a lógica. Quando utilizado para pessoas, a
palavra mito assume o sentido de identificar aquela pessoa a um herói, algo que
está acima das pessoas comuns.
Entretanto, quando é utilizado para definir eventos do passado, os mitos
significam algo possivelmente falso, sem confirmação, mas que algumas pessoas
acreditam.
Quantas mitologias existem?
Não é possível precisar a quantidade exata de mitos ou mitologias
existentes. Diversos povos construíram diferentes e complexos sistemas
mitológicos.
Entretanto, todas as mitologias possuem uma característica comum: servir
de explicação para o surgimento do mundo, para os elementos da natureza e as
relações entre os seres humanos.
Os principais exemplos são:
· Mitologia Grega
· Mitologia Romana
· Mitologia Egípcia
· Mitologia Nórdica
·
Mitologia Fenícia
·
Mitologia Iorubá
·
Mitologia Zulu
·
Mitologia Celta
·
Mitologia Maia
·
Mitologia Inca
·
Mitologia Japonesa
·
Mitologia Guarani
Muitas sociedades que possuíam uma consciência mítica foram extintas,
outras sofreram um processo de transformação em que os mitos foram sendo
substituídos por outros conhecimentos: a filosofia e a religião.
Exemplos de mitos
Na mitologia grega, o Mito de Cronos explica o surgimento do mundo.
Segundo o mito, os deuses e os seres humanos seriam filhos do tempo (Cronos),
mas ele tinha o hábito de comê-los com medo de que algum tomasse seu trono.
Um dia, sua esposa, a deusa Reia, o engana com pedras enroladas em
tecido e consegue libertar uma criança, Zeus. Zeus cresce, derrota Cronos e
passa a governar e organizar o mundo tal como ele existe, assumindo-se como o
deus dos deuses.
Outros mitos importantes e que possuem um legado na construção da cultura ocidental são:
·
A Medusa
·
Perseu
Seres mitológicos, deuses, animais, plantas, sentimentos humanos e o que
mais for relevante para determinado povo entrelaçam-se numa teia de histórias
que explicam tudo o que existe no mundo.
Essas explicações são simples de compreender, por utilizar imagens,
metáforas e uma narrativa com começo meio e fim.
Mesmo assim, mitologia grega tende a ser uma das mais complexas,
composta de uma série de deuses e seres que se relacionam e dão sentido a tudo
o que existe. Alguns deuses gregos são:
·
Afrodite - deusa da beleza e do amor
·
Apolo - deus da luz
·
Ares - deus da guerra
·
Ártemis - deusa da lua
·
Atena - deusa da sabedoria
·
Deméter - deus da terra fértil
·
Dionísio - deus da festa, do vinho e do
prazer
·
Eros - deus do amor
·
Hades - deus do submundo
·
Hermes - deus das comunicações e das viagens
·
Hera - deusa dos céus, maternidade e
matrimônio
·
Héstia - deusa do fogo
·
Perséfone - rainha do submundo
·
Poseidon - deus dos mares
·
Zeus -
deus dos deuses
Seres mitológicos
Cada mitologia possui sues próprios seres. Eles possuem características
que humanas e sobre-humanas, mesclados com elementos da natureza, constroem uma
narrativa que ajuda a compreender a cultura de um povo.
Alguns exemplos de seres mitológicos são:
·
Medusa - Na mitologia grega, a Medusa era uma figura feminina com
serpentes no lugar dos cabelos e capaz de transformar em pedra quem olhasse
diretamente em seus olhos.
·
Minotauro - Criatura com corpo de homem, cabeça e cauda de touro. Era
responsável por guardar o labirinto e proteger a entrada da cidade de Minos, na
Grécia.
·
Cérbero - O cão de três cabeças que guardava a entrada do mundo dos
mortos.
·
Hidra - Monstro aquático semelhante a um dragão de múltiplas cabeças.
Vivia no pântano de Lerna e foi derrotada pelo herói Hércules.
·
Kraken - Lula gigante da mitologia nórdica, atacava as embarcações que
ousavam navegar pelo Atlântico Norte.
·
Elfo - Criaturas das mitologias nórdica e celta, responsável por guardar
as florestas, possuíam também poderes de cura.
·
Curupira - Criatura protetora da floresta na mitologia brasileira, seus
pés virados para trás formam pegadas que confundem os caçadores e aqueles que
tentam persegui-lo.